Com a minha licenciatura mais que feita, tinha decidido nunca mais voltar ao blog porque para mim simbolizava uma etapa já completada. E além disso este blog não foi propriamente a coisa mais maravilhosa que fiz até hoje, até porque escrever por obrigação nunca foi coisa que tenha feito com muito gosto.
Mas… a parte engraçada é que ultimamente tenho pensado em escrever um último post que diga como foi a passagem pela FBAUL e que ajude outros alunos a entender determinadas coisas que aí se passam. Claro que cada um terá a sua experiência mas com o passar do tempo vejo que todos acabamos por ter sentimentos que se relacionam.
Hoje, o post que quero fazer não está relacionado com a minha passagem pela FBAUL até porque isso foi algo que já passou e que nem me deixa muitas saudades (por enquanto).
Por isso, (nunca pensei dizer isto) dedico este post a um professor que me deu cabo da cabeça durante o meu último ano de licenciatura (não pelos piores motivos, foi só por ser chato com coisas que realmente tinham de ser tratadas com um carácter chato).
Como uma Diva Fatela do Pop, como uma Maria Leal que dá os seus shows e que arrecada uns bons trocos com o seu “entretenimento”, como um Justin Bieber diria para as suas fãs nos seus concertos em playback,
eu digo:
Prof. Nicolas este post é para si!!!
(Eu sinto que posso escrever estas coisas porque sei que ninguém vai ver isto. Ehehehe… ou talvez não!)
Filme: The Eyes Of my Mother (2016)
Direcção: Nicolas Pesce
Duração: 1h16m
Interpetação: Kika Magalhaes, Will Brill, Olivia Bond
Como amante de filmes que é, deveria dar uma espreitadela neste filme “The eyes of my mother”.
Lembra-se de dar na aula de DC IV uma lista de filmes, entre eles o “L’eclisse” de Michelangelo Antonioni ?
E o que tem esse “L’eclisse” a ver com “The eyes of my mother” de Nicolas Pesce? Bem na verdade não têm nada em comum… Dito assim parece que este post é uma treta e que o estou a enganar. Mas não.
“The eyes of my mother” é considerado um filme que nos dá volta ao estômago. É sádico, pessimista, frio, cínico… mas magnifico.
Tal como o filme de Michelangelo Antonioni, cada plano é como um postal a preto e branco.
Aqui podemos observar também um universo próprio criado pelo realizador. Através de um classicismo formal consegue um tom e uma atmosfera vibrante, uma coreografia de personagens repleta de silêncios para não falar de um jogo contínuo de contrastes entre a vista do observador e dos planos detalhados.
A única coisa que me faz ainda confusão é talvez a frieza das personagens. Não é pelo seu carácter frio, mas sim, por retratarem emigrantes portugueses – pessoas conhecidas pelo seu calor.
De resto posso dizer que é um filme estranho como tudo, mas com uma estranheza bonita carregada de uma força fora de série.
Para ver que estou a falar verdade deixo aqui umas imagens. Se disser que não tenho razão acho que vou ficar triste!!
Por isso veja, se não gostar… olhe… perdeu só 1h16m do seu dia. Podia ser pior!