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“The countercultural communes are the quiet Giants of the 1960s, receiving far less attention than the politics, sex, drugs, and rock and roll, even though they helped define the era. There were thousands — probably tens of thousands — of them, and hundreds of thousands of young counterculturists lived in one commune or another at some point.” – Timothy Miller, ‘The Modern Utopian. Alternative Communities of the ‘60s and ‘70s’

 

Nos anos 60 a contracultura predomina, onde o surgimento do feminismo e dos movimentos civis, em favor dos negros, homossexuais, entre outros, irão dar novos desenvolvimentos para as reivindicações vividas nos anos seguintes.

Desta forma, movimentos como os hippies, contrariamente à Guerra Fria e do Vietnã, surgem como ideias pacifistas da época. Igualmente, os movimentos como Black Power, Gay Power e pela igualdade de estatuto entre os géneros (conhecido como Women’s Lib) constituirão o conjunto de manifestações que surgem em vários países.

A contracultura “adoptou” desta forma, um estilo underground, através da criação visual caracterizada a partir dos cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música, festivais, droga, dando-se ênfase da procura para uma maior liberdade de expressão.
Todo este espírito revolucionário atingiu o seu apogeu em 1968, quando diversos movimentos estudantis tomam conta das ruas para contestar a sociedade vigente.

Milton Glaser reconhece que o design está em constante mutação e isso é algo visível nos seus trabalhos. É interessante constatar a sua evolução para uma linguagem simples e directa, onde o conceito é o ponto fundamental.
Achei interessante ver a evolução do seu trabalho, por isso deixo aqui um registo onde podemos ver alguns dos seus trabalhos por ordem cronológica.

 

Aretha, Milton Glaser 1966

Aretha, Milton Glaser 1966

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bob Dylan’s Greatest Hits’, Milton Glaser, 1967

Bob Dylan’s Greatest Hits’, Milton Glaser, 1967

 

 

Black Foreshortened Nude, Milton Glaser, 1976

Black Foreshortened Nude, Milton Glaser, 1976

 

 

Saratoga Festival, Milton Glaser, 1980

Saratoga Festival, Milton Glaser, 1980

 

 

Van Gogh 100 Years, Milton Glaser, 1989

Van Gogh 100 Years, Milton Glaser, 1989

 

Julliard Cubist Violin, Milton Glaser, 1991

Julliard Cubist Violin, Milton Glaser, 1991

 

 

Cooperstown Chamber Music Festival, Milton Glaser, 2008

Cooperstown Chamber Music Festival, Milton Glaser, 2008

 

 

The Secret of Art, Milton Glaser, 2008

The Secret of Art, Milton Glaser, 2008

 

Imgaens retiradas de: http://www.miltonglaser.com/

The culture wars that began in the sixties, about drugs, about military incursions into foreign countries, about sex and human rights, the environment and on and on, are still being fought. – Jann Wenner
A década de 60 foi um período de ebulição sócio-cultural onde se verifica uma “busca” pela identidade, marcada pelo conceito de contra-cultura, rebelião e hedonismo caracterizados pelas transformações sociais, culturais, artísticas, musicais, cinematográficas assim como a emancipação juvenil vivida na época.
Every emerging generation has to find something to fight against. You have to struggle against a resistant canon in order to move towards something that is your own.   -Milton Glaser
Influenciado pelo espírito revolucionário dos anos 60, Milton Glaser luta contra um cânone resistente – modernismo e a Escola Suíça – uma vez que não se identifica com o estilo.
Na sua procura pela própria identidade artística, observa-se a introdução de um vocabulário contemporâneo ao Design onde o experimentalismo e a manualidade predominam para maximizar as várias sensações que o objecto pode transmitir.
Desta forma, o virtuosismo, caracterizado pelos jovens dos anos 60, é uma presença marcante nos seus trabalhos ao longo da década.
Work has perhaps more virtuosity in it and an attempt to display that virtuosity, which is a characteristic of youth.  -Milton Glaser
Actualmente, Milton Glaser reconhece as mudanças ocorridas ao longo das décadas, podendo-se observar uma evolução para uma linguagem simples, directa e redutora onde as ideias são expressas em simples termos gráficos onde o conceito é o ponto predominante.
I have the idea that there isn’t any truth in style. It’s very temporal, bound to the moment that we live in and the way we see things. – Milton Glaser